Foi na Rádio Trairy, que funcionava no alto do Natal Club, no grande ponto da capital que certo dia apresentando o programa “Discoteca ás suas ordens” que eu conheci o radialista Carlos Alberto de Sousa, ele tinha vindo a Rádio justamente para me conhecer. Conversa vai, conversa vem, nasceu uma grande amizade. Chegando ao ponto de Carlos sair da Cabugi e vir para a Trairy, depois voltar para a Cabugi e me indicar para também fazer parte do cast da emissora mais ouvida na época na capital que era a Cabugi. Juntos novamente num mesmo prefixo, isto aconteceu no final dos anos 60, nesta época ele toma conta do horário da manhã e eu do da tarde. Na próxima postagem “O que eu nunca esqueci”, a trajetória do radialista que num período de 10 anos se elegeu vereador, deputado estadual , deputado federal e senador da república. E no tarde sertaneja que era o meu programa favorito, pois o apresentava com muita garra e dedicação isto porque, eu me sentia muito bem, falando e transmitindo as coisas do sertão, e hoje eu posto no nosso Blog mais um dos mais bonitos poemas que já declamei. Pupuca Meu patrão sou sertanejo Eu nasci nesse torrão Fui tarvez o mais andejo Dos cantador do sertão Fui cachaceiro chapado Fui cantador má-criado No martelo e no rojão Conheço o Brasil todinho Agreste mata e sertão Arrastei pelos caminhos Muita alegria e afrição Eu tive a felicidade de Quase em toda cidade Causá admiração Eu era desempenhado No braço do violão Fazia um tarrabufado Da prima para o bordão E naquele remelexo A nega caia o queixo E eu entrava de cão Tive umas mil namoradas De todo tipo e padrão Cega, muda e alejada Tudo entrava no arrastão Toda mulher me servia E a todas eu prometia Um lugar no coração Namorei uma maluca No estado do maranhão Chamavam ela, Pupuca A nega era um peixão Por essa fui embeiçado E se não fosse o delegado Tinha feito a arrumação Porem o tempo passando Sem dó, nem contemplação Foi pouco a pouco matando A minha reputação Hoje to veio cansado Só me resta do passado Tristeza e recordação Não tenho mais alegria Morreu minha inspiração Não faço mais poesia Não toco mais violão Só uma coisa me catuca É a saudade da maluca Que eu deixei no Maranhão |